quarta-feira, 28 de julho de 2010

...e a gruta de Maria Encantada...

...e a gruta de Maria Encantada, na Graciosa, encerra os murmúrios dos deuses... e o canto das almas... ainda encantadas. Percorrem-me nas veias os sortilégios que dali emanam e derramo-me em silêncios cúmplices... Ali...moram deuses...






9 comentários:

  1. Quando estive na Graciosa há duas décadas atrás, não te tive como Guia, MARGARIDA !
    Vejo agora que perdi um sítio mágico.

    Um beijo.

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  2. E pelas imagens percebe-se que "eles" habitam mesmo!!!!

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  3. João e Eduardo:
    A minha anfitriã conhece a sua ilha como ninguém. E como estivemos trinta e tal anos sem nos vermos, agora tiramos "a barriga de miséria". Maria das Mercês é impecável e gosta que eu aprecie a sua ilha Graciosa. Vocês acreditam que eu já conheço melhor esta ilha do que as minhas ilhas Pico e Faial?
    Beijos e abraços

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  4. Mas como é que eu não conheci essa gruta?
    A outra mana vai levar tau-tau.
    Margarida, estamos apanhadas pela Graciosa!!!!

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  5. Mulher, quem anda de saltos não pode vir aqui!!!

    Tens razão, estamos apanhadas, não sei se pela Graciosa, se pela sua anfitrã...
    Bjs

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  6. A viagem da amiga Ibel foi uma viagem incompleta. De propósito. Quase uma técnica. Para que sinta o apelo de cá voltar...
    E serei guia, com gosto, de quem vier por bem. Que aqui nunca se chega por acaso!
    A ilha tem de se ver devagar, porque ela é a ilha do "doce devagar".

    A lenda da Maria Encantada está disponível no site da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, mas eu conheço uma versão diferente, e mais encantatória, que até já escrevi e que penso consta num post antigo deste blog ( que não encontrei).
    Aqui vai um cheirinho:
    "Foi-se assim o castelo e o alto pico da ilha Branca, mas permanece intacto o forno e os apetrechos da cozedura na furna da Maria Encantada nos bordos da Caldeira, resistente às forças telúricas ou à erosão da natureza.
    Há quem afirme, que estranhas e poderosas forças lá se sentem, outros que ouvem o canto das aias dela, que vão lavar roupa na lagoa e os que afirmam ver em noite de lua cheia o regresso da senhora e do seu romeiro, na cumplicidade mágica dum amor proibido".

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  7. Lá na furna,certo é que se ouve o mais profundo silêncio. O mais, a cada um.

    Lenda da Maria Encantada

    Perdida na tradição oral da ilha Graciosa reza a lenda, que no alto de um monte, entre a frescura das árvores e o mais puro ar, oxigenada com graça estelar, uma linda senhora vivia no seu castelo fidalgo. Se lhe vinham do fundo da alma os mais nobres sentimentos revelaram-se em requintada beleza que impressionava os que dela se acercavam. E de suas mãos saíam prodígios reconhecidos em tudo o que fazia, como se a gentileza da pessoa contagiasse em maravilha os feitos dela.
    Ela própria se encarregava de amassar e cozer o mais delicioso pão que todos os sábados generosamente partilhava com seus vizinhos e pobres, que subiam as encostas do monte para receberem a dádiva da dama e beijar com gratidão suas mãos de cetim.
    Entre os mendigos havia um jovem, igualmente marcado por incomparável beleza e porte de distinção e que só assim se disfarçava para visitar a senhora, de quem estava profundamente apaixonado. A mágica daquele olhar contagiou-a indelevelmente, porém dum amor impossível se tratava, pois era casada a senhora com o velho proprietário do castelo.
    Numa noite, o castelão acordou sobressaltado e contou à esposa o sonho horroroso que tivera, e que o avisava de que devia abandonar os seus domínios e partir o mais cedo possível em busca de outro lugar seguro. Convocou familiares e criados para uma fuga imediata à ameaçadora morte, levando como bagagem apenas algumas jóias e o indispensável para uma viagem sem regresso. A senhora não acreditou na premonição e quis ficar, encantada que estava pelos olhos sonhadores do jovem, pois que no dia seguinte, era o dia das oferendas do pão, quando o príncipe - mendigo subiria o monte para beber o sorriso dela. E nesse previsível encontro assentou a determinação bastante, para renunciar ao medo das consequências, tal como avisava o velho seu marido, que a terra se abriria engolindo tudo na lava dum poderoso vulcão.
    Foi-se assim o castelo e o alto pico da ilha Branca, mas permanece intacto o forno e os apetrechos da cozedura na furna da Maria Encantada nos bordos da Caldeira, resistente às forças telúricas ou à erosão da natureza.
    Há quem afirme, que estranhas e poderosas forças lá se sentem, outros que ouvem o canto das aias dela, que vão lavar roupa na lagoa e os que afirmam ver em noite de lua cheia o regresso da senhora e do seu romeiro, na cumplicidade mágica dum amor proibido.

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  8. Minha querida MAR-IA das Mercês, tu és sempre um mimo de pessoa. Obrigada pela tua partilha. Sabes? O post não foi aqui, foi no Delfos...Ao Tempo!!!
    Ontem via-se a Graciosa. Há sempre um apelo, um chamamemto encantatório que nos impele para essa tua ilha. Deus é grande e fez-te grande!!!

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