segunda-feira, 26 de abril de 2010
Avé Maria
Hoje entristeci
Esta menina, púbere e virgem, deixou-me.
Estive com ela vários dias. Ela saíu da minha alma e pintei-a.
Ela era tão novinha e de repente soube que havia sido escolhida para Mãe do filho de Deus...
Mas como, se ela não conhecia homem?
Quantas emoções!!!
Feliz
Apreensiva...
...e foi esta menina que hoje deixou de ser minha!
domingo, 25 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
...e o deus que nele habita...
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Lá terá que ser...
Tou pintando uma "AVÉ MARIA", que prometi ao velhinho Padre da minha paróquia. Depois de amanhã vou para a ilha do Pico... e agora tenho uma tarefa terrível à minha frente...
JJJJJJJJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORGE, O QUE É UM "BANNER"??????????????
...meu Deus, porque me meti nisto???
Não percebo nada... mas acho graça, porque não estou competindo com ninguém. Estou simplesmente partilhando um bocado do meu mundo, com outras gentes da mesma tribo, a tribo dos BLOGGISTAS!!!
Minha gente: "ENTRE MORTOS E FERIDOS, ALGUÉM HÁ-DE ESCAPAR!!!"
( a ignorância é um belo estado... É esse o meu estado, por isso daqui a uns anos terei, sem dúvida, dúvidas! Até lá, vou-me divertindo)
BEIJOS, destas ilhas de bruma...
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Ensinando a reinventar as cores
Chovia "que Deus a dava"!
O sol...nem vê-lo, sem dúvida.
E, estando frio, resolvi que precisávamos de chapéus de chuva de cores quentes, para compensar. Foi um tal pintar!
No entanto, no 1º, 2º e 3º dia havíamos resolvido usar só 4 cores básicas. Nada de azul, depois, nada de amarelo, etc. A primeira reacção foi de frustração, mas quando perceberam a infinidade de tons que se conseguiam, combinando 4 cores em diversas proporções, então aquelas crianças se entusiasmaram a inventar cores. E no último dia tudo foi permitido...
Só se pode inventar se não se tiver tudo, se houver falta de qualquer coisa.
E foi tão divertido!!!
ESTA É A MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA TORNAR O MUNDO MAIS BONITO e por isso MELHOR!
Semanicando
De Maria Eduarda Barbosa
Sexta-feira. Fim da tarde. Não, não é dia aziago e fatal como o foi para Madalena de Vilhena…
No aconchego de um bolero que abraça os habitués daquele recanto do café, revejo e analiso os dias da semana que deixei para trás.
De segunda-feira, guardei o movimento dolente dos passantes, com bocejos matinais e olhares estáticos e indizíveis…
De terça, a azáfama do mercado, com povo, muito povo, das orlas adjacentes ao burgo, aproximando-se das «regateiras» para marralhar o preço das hortaliças, dos ovos e das galinhas…
-Ó linda, venha cá, não me troque!
-A como são as nabiças? -questiona uma dona de casa rubicunda, à pressa.
-Um «oiro», menina, olhe que fresquinhas!
-75 cêntimos, vai?
-Pronto, leve lá, é para acabar e me ficar freguesa.
Na quarta, assisti ao parto de duas violetas do campo (das autênticas) que tenho num vaso, na varanda, e fico contente. O aroma é intenso e fugaz como a paixão. Converso com elas e sinto uma calma de norte a sul do meu corpo. Deixo-me estar…que sensação tão boa…
Quinta-feira, o cansaço começa a tocar-me e a energia que costuma estar em mim, dá de si. Penso em nada. Bato a porta e deslizo a minha «avenida», de mãos nos bolsos, com a segurança de um milionário (reparo agora que, sem querer, estou a citar praticamente ”ipsis verbis”um texto do Manuel da Fonseca.). Deambulo pelas artérias da cidade que me conhece como as palmas da mão. Paro no Salão Tina.
-Olá menina!
-Lavar e secar, mas primeiro vou fumar um cigarro.
-Não demore!
Dirijo-me à saída, fumo um «pensativo» cigarro e bato num outro cujo fumo esvoaça a uns dez metros de mim, saído de uma boca que já me desejou…
Navego naquele fumo. Primeiro denso, depois, como voo de borboleta, levita, esvoaça e obedece ao olhar do vento.
Esqueço o cabelo e fico a pensar na insólita fumaça.
Ai de mim, que não consigo livrar-me desta lembrança…
Jornal Açores 9 - Edição impressa
April 11, 2010
Sexta-feira. Fim da tarde. Não, não é dia aziago e fatal como o foi para Madalena de Vilhena…
No aconchego de um bolero que abraça os habitués daquele recanto do café, revejo e analiso os dias da semana que deixei para trás.
De segunda-feira, guardei o movimento dolente dos passantes, com bocejos matinais e olhares estáticos e indizíveis…
De terça, a azáfama do mercado, com povo, muito povo, das orlas adjacentes ao burgo, aproximando-se das «regateiras» para marralhar o preço das hortaliças, dos ovos e das galinhas…
-Ó linda, venha cá, não me troque!
-A como são as nabiças? -questiona uma dona de casa rubicunda, à pressa.
-Um «oiro», menina, olhe que fresquinhas!
-75 cêntimos, vai?
-Pronto, leve lá, é para acabar e me ficar freguesa.
Na quarta, assisti ao parto de duas violetas do campo (das autênticas) que tenho num vaso, na varanda, e fico contente. O aroma é intenso e fugaz como a paixão. Converso com elas e sinto uma calma de norte a sul do meu corpo. Deixo-me estar…que sensação tão boa…
Quinta-feira, o cansaço começa a tocar-me e a energia que costuma estar em mim, dá de si. Penso em nada. Bato a porta e deslizo a minha «avenida», de mãos nos bolsos, com a segurança de um milionário (reparo agora que, sem querer, estou a citar praticamente ”ipsis verbis”um texto do Manuel da Fonseca.). Deambulo pelas artérias da cidade que me conhece como as palmas da mão. Paro no Salão Tina.
-Olá menina!
-Lavar e secar, mas primeiro vou fumar um cigarro.
-Não demore!
Dirijo-me à saída, fumo um «pensativo» cigarro e bato num outro cujo fumo esvoaça a uns dez metros de mim, saído de uma boca que já me desejou…
Navego naquele fumo. Primeiro denso, depois, como voo de borboleta, levita, esvoaça e obedece ao olhar do vento.
Esqueço o cabelo e fico a pensar na insólita fumaça.
Ai de mim, que não consigo livrar-me desta lembrança…
Jornal Açores 9 - Edição impressa
April 11, 2010
domingo, 11 de abril de 2010
"há quanto tempo foi a vida meu amor errante?
não choro mas apetece-me hoje essa lâmpada que fomos" - Isabel Fidalgo
Ah, como eu teria tanto para te sacar, mana Isabel, destes sentidos dizeres de desamores (?) Fundo-me com tanta palavra que é concreta simplesmente porque a li e em voz alta. E, voltando, nova palavra me assola e me estremece. Eu quero não me prender. Eu quero escapulir-me destas palavras sedentas de...mim?
sábado, 10 de abril de 2010
O Pico, hoje...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Rendas da ilha do Pico
Eu era pequena e muito curiosa ficava ao ver todos os fins de tarde, na minha freguesia natal, aquelas mulheres sentadas às soleiras das portas a fazer rendas alvas de neve.
Trabalhavam desalmadamente todo o dia, fazendo pão, indo aos matos ordenhar as vacas para trazer o leite para a venda, tratando dos trabalhos das terras e das casas...
...e à noitinha, antes da ceia, era-lhes exigido ou permitido (?) fazer estas lindas rendas. Como mãos maltratadas com canseiras de trabalhos, conseguiam tais maravilhas?
Trabalhavam desalmadamente todo o dia, fazendo pão, indo aos matos ordenhar as vacas para trazer o leite para a venda, tratando dos trabalhos das terras e das casas...
...e à noitinha, antes da ceia, era-lhes exigido ou permitido (?) fazer estas lindas rendas. Como mãos maltratadas com canseiras de trabalhos, conseguiam tais maravilhas?
terça-feira, 6 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
Concerto de Páscoa
Estou tristíssima...
Quis ficar num dos bancos da frente, na Igreja de S. Francisco, muito degradada, mas com uma acústica fantástica, para poder gravar momentos do concerto de Páscoa, dirigido por um tenor austríaco radicado aqui no Faial - Kurt Spanier.
Logo no início do concerto percebi que o cartão digital tinha pifado!!! Fiquei tão descoroçoada, que ninguém calcula.
No intervalo, disseram-me para tirar o cartão e utilizar a memória interna (pequeníssima) da máquina.
...e eis o pequeno pedaço dum grande e excelente concerto da HORTA CAMERATA!!!
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