A
Exposição
“A Ponta do Pico”
de Margarida Bem Madruga
na Biblioteca Pública e
Arquivo Regional João José da Graça
Margarida Bem Madruga cobriu a montanha do Pico de mantas, tintas e
poesia.
A imponência da montanha é,
diariamente, objecto de fruição estética. Nosso barómetro de todos os dias, a
sua altitude máxima é de 2.351 metros de lava, mistério e maravilha,
constituindo o ponto mais alto de Portugal. Nos flancos deste santuário
ocorreram inúmeras erupções predominantemente efusivas. Ténues fumos brancos,
visíveis na ponta do Pico, atestam que o vulcão não cessou ainda completamente
a sua actividade.
A não menos vulcânica Margarida,
arquitecta reformada e pintora no activo, lança, nesta exposição (patente ao
público de 11 de Julho a 27 de Setembro) olhares sobre esta montanha que nunca
apresenta duas vezes o mesmo aspecto, pois que a luz que a enforma está sempre
em constante mutação.
A pintura é uma arte generosa,
sabe-se. E, em Margarida Madruga, a arte é já o domínio da técnica. Com arte e
com técnica, e recorrendo a tinta de esmalte acrílico sobre tela, a pintora
abre a cortina do assombro e recria, reconstrói e reinventa a montanha do Pico
através de múltiplas abrangências: novos ângulos, diferentes enquadramentos e
outros modos de olhar.
Mas atenção: esta picarota não pinta
o Pico que vê do alto da sua casa da rua Cônsul Dabney – ela pinta o Pico que
sente na alma.
Erguendo-se do mar em beleza
petrificada, a soberba montanha apodera-se dos nossos sentidos. O resultado
salta à vista nestes quadros: aquele espectáculo de todo o ano apresenta-se em todo
o seu esplendor pictórico, cénico e místico. E o que vemos quando olhamos a
montanha? Um seio gigantesco com um apetecível mamilo? Um enorme falo eruptivo?
Uma monumental estátua de basalto? Um fantasma extraordinário? Um gigante
recortado de brumas? Mistério de fogo? Alma-mater? Sentinela? Farol? Barca? Cada
um fará a sua leitura, porque a beleza das coisas está sempre no olhar de quem
as vê.
Nesta exposição colhemos todos os
efeitos de luz da colossal montanha, que agora está violeta, logo está cor de
fogo. Mas também pode cobrir-se de negro e cinzento. Ou amanhecer em neve. Ou desfalecer
em roxo, com a lua enorme a nascer por trás daquela nuvem surrealista…
Tal como o pico do Pico que coroa
e/ou fura as nuvens, esta exposição de Margarida atrai e
encanta e fascina realmente o olhar.
Victor
Rui Dores
Exposição à altura da Montanha - Cor, imaginação, sensibilidade, magia.
ResponderEliminarÉ o Pico sem palavras. O Pico em silêncio. A Natureza observada, admirada, recriada de todos os ângulos e de todas as hipóteses.
PARABÉNS
Parabéns colega, pela multiplicidade de leituras e criatividade.
ResponderEliminarVou fazer link no Contra-facção, para as 17:00, do continente.
Abraço
Excelentes visões, magnífica Exposição !
ResponderEliminarDepois do texto de Victor Rui Dores, que posso eu acrescentar ???
Mas vou ousar seleccionar um, depois de muitas hesitações :
O último, ou seja, o de cá de baixo !
Há duas semanas, o meu filho mais velho, a mulher e as duas filhotas estiveram na boca do PIQUINHO !
Disseram que sentiram muito calor vindo das entranhas !
Um beijo, MARGARIDA, e desejo o MAIOR SUCESSO !
Obrigada, meus amigos.
ResponderEliminarBjs
Parabéns. Gostei de todos, em especial do que tem o guarda-sol. Bj
ResponderEliminarAcrescentei uma foto para se perceber a escala e dimensão dos quadros.
ResponderEliminarVamos almoçar, Jorge?
Ola, Margarida! Gostei muito. Parabéns. Vais expor também em S. Miguel?
ResponderEliminarUm abraço. Lusa
Só se alguém mo propuser!!!!!!!!!!!!! Não conheço quem me possa ajudar nesse sentido, nem conheço galerias ou espaços afins...
ResponderEliminarBeijos, Lusa.