segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os quadros da minha exposição "A Ponta do Pico"





























A
Exposição
“A Ponta do Pico”
 de Margarida Bem Madruga
na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça


            Margarida Bem Madruga cobriu a montanha do Pico de mantas, tintas e poesia.
A imponência da montanha é, diariamente, objecto de fruição estética. Nosso barómetro de todos os dias, a sua altitude máxima é de 2.351 metros de lava, mistério e maravilha, constituindo o ponto mais alto de Portugal. Nos flancos deste santuário ocorreram inúmeras erupções predominantemente efusivas. Ténues fumos brancos, visíveis na ponta do Pico, atestam que o vulcão não cessou ainda completamente a sua actividade.
A não menos vulcânica Margarida, arquitecta reformada e pintora no activo, lança, nesta exposição (patente ao público de 11 de Julho a 27 de Setembro) olhares sobre esta montanha que nunca apresenta duas vezes o mesmo aspecto, pois que a luz que a enforma está sempre em constante mutação.
A pintura é uma arte generosa, sabe-se. E, em Margarida Madruga, a arte é já o domínio da técnica. Com arte e com técnica, e recorrendo a tinta de esmalte acrílico sobre tela, a pintora abre a cortina do assombro e recria, reconstrói e reinventa a montanha do Pico através de múltiplas abrangências: novos ângulos, diferentes enquadramentos e outros modos de olhar.
Mas atenção: esta picarota não pinta o Pico que vê do alto da sua casa da rua Cônsul Dabney – ela pinta o Pico que sente na alma.
Erguendo-se do mar em beleza petrificada, a soberba montanha apodera-se dos nossos sentidos. O resultado salta à vista nestes quadros: aquele espectáculo de todo o ano apresenta-se em todo o seu esplendor pictórico, cénico e místico. E o que vemos quando olhamos a montanha? Um seio gigantesco com um apetecível mamilo? Um enorme falo eruptivo? Uma monumental estátua de basalto? Um fantasma extraordinário? Um gigante recortado de brumas? Mistério de fogo? Alma-mater? Sentinela? Farol? Barca? Cada um fará a sua leitura, porque a beleza das coisas está sempre no olhar de quem as vê.
Nesta exposição colhemos todos os efeitos de luz da colossal montanha, que agora está violeta, logo está cor de fogo. Mas também pode cobrir-se de negro e cinzento. Ou amanhecer em neve. Ou desfalecer em roxo, com a lua enorme a nascer por trás daquela nuvem surrealista…
Tal como o pico do Pico que coroa e/ou fura as nuvens, esta exposição de Margarida atrai e encanta e fascina realmente o olhar.

                                                                                                                                                                                                                                                                    Victor Rui Dores


8 comentários:

  1. Exposição à altura da Montanha - Cor, imaginação, sensibilidade, magia.
    É o Pico sem palavras. O Pico em silêncio. A Natureza observada, admirada, recriada de todos os ângulos e de todas as hipóteses.
    PARABÉNS

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  2. Parabéns colega, pela multiplicidade de leituras e criatividade.
    Vou fazer link no Contra-facção, para as 17:00, do continente.
    Abraço

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  3. Excelentes visões, magnífica Exposição !
    Depois do texto de Victor Rui Dores, que posso eu acrescentar ???

    Mas vou ousar seleccionar um, depois de muitas hesitações :
    O último, ou seja, o de cá de baixo !

    Há duas semanas, o meu filho mais velho, a mulher e as duas filhotas estiveram na boca do PIQUINHO !
    Disseram que sentiram muito calor vindo das entranhas !

    Um beijo, MARGARIDA, e desejo o MAIOR SUCESSO !

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  4. Parabéns. Gostei de todos, em especial do que tem o guarda-sol. Bj

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  5. Acrescentei uma foto para se perceber a escala e dimensão dos quadros.


    Vamos almoçar, Jorge?

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  6. Ola, Margarida! Gostei muito. Parabéns. Vais expor também em S. Miguel?
    Um abraço. Lusa

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  7. Só se alguém mo propuser!!!!!!!!!!!!! Não conheço quem me possa ajudar nesse sentido, nem conheço galerias ou espaços afins...
    Beijos, Lusa.

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