sábado, 9 de outubro de 2010

AMOR - "...o Belo entre as Ruínas"- de Eduardo Bett. Pinto





O amor é o mais simples e o mais abrangente dos sentimentos. E o mais complexo. Interessa-me como experiência de vida e participação solidária. Interessa-me, em suma, como uma visão que remedeia a apatia e a castração social no mundo em que... vivemos, tão egocêntrico, tão voraz até ao vómito na sua ganância desmedida. Interessa-me também sob o ponto de vista filosófico e artístico. O que por aí anda - o tal romântico -, parece-me cada vez mais um produto da cosmética dos nossos dias, banalizado e sem consistência, do que um sentimento verdadeiro. Ou seja: uma folha de água no vazio ao sabor da corrente. O que é não pode deixar de ser. Noite é noite, dia é dia. O absoluto existe com os seus indissolúveis contornos. O amor não é posse mas cortesia, carinho, tempo, paciência, etc, etc. Quero, para mim e para os outros, algo melhor do que uma palavra. Um amor que viva e renasça entre cinzas e contrariedades. Traço o meu caminho ao encontro do imponderável e do utópico. Que não esteja órfão do coração. E assim procuro o belo entre as ruínas.
Eduardo Bettencourt Pinto

8 comentários:

  1. Bom texto, para ótimas imagens!

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  2. Sempre há o belo, mesmo entre ruínas. beijos,lindo fds,chica

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  3. Tenho para mim que, sendo o texto excelente e as intensões óptimas, o homem era um frustrado. Beijos. Boa viagem.

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  4. Obrigada, minha gente.
    Oh, Jorge, frustrados somos todos, os que procuramos o imponderável da vida. Não conheço o homem, mas gosto do que ele escreve!!!

    Este texto é uma resposta a um comentário meu a um post que ele editou no Facebook em que dizia "O Amor é a maior ferida do mundo".

    O meu comentário foi:

    Sabes porquê, Eduardo? Porque queres amar o ar que respiras, amar os teus amigos, amar o mundo, amar a tua família, amar o teu amor, o Amor e todos os amores que existem...e as coisas escapulem-te das mãos e do teu coração. Tu não controlas... a reciprocidade do teu Amor, ele sangra-te porque te arranha, porque não te escorre macio, porque te agarras a leves chances de posse definitiva e tudo se esvai, porque a rede do teu querer tem uma malha muito larga e a perda é maior... As perdas vão-te escarafunchando, corpo e alma, e nunca sara a ferida... e ela vai crescendo, crescendo...

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  5. Gosto do texto do Eduardo e gosto das tuas fotos...apesar das ruinas. Beijo

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  6. Olha, margarida, o texto do autor e o teu comentário encheram-se de tudo, até de lágrimas.
    Beijo da LIA!!!

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  7. Ana, são duas fotos da Graciosa e a das galinhas é das Lajes do Pico. Ana, conheces o Eduardo? Gosto do que ele escreve, mas não o conheço...
    Lia, não chores, Mulher! Agora que eu já não choro, começas tu?

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  8. Graciosa e o Pico são locais de excelencia. As fotos são o reflexo também da alma de quem fotografa...Daí...

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